Made in Brasil 

Empresas brasileiras investem no vermute com toque nacional e artesanal para popularizar a bebida no país 

POR VIVIAN MONICCI  2 MIN

 

Em uma viagem para a França em 2019, o advogado e empreendedor Felipe Buonamici viu muitas pessoas tomando vermute tônica nas praias e beach clubs e teve um insight: o Brasil também tem praias de primeira linha, mas a bebida ainda não é muito disseminada por aqui. Em terras tupiniquins, o vermute normalmente é um componente de drinques e não uma bebida consumida em sua forma pura.  

“Como a água tônica estava sendo muito disseminada no Brasil por conta do gin tônica, pensei que podia ser uma oportunidade de misturar com vermute, porque as pessoas já estavam começando a ter um paladar um pouco mais amargo”, conta Buonamici, sócio fundador da De Pro. 

O vermute nada mais é do que um vinho fortificado com álcool e enriquecido com especiarias e botânicos, e tem um teor alcoólico mais elevado do que o vinho comum. No caso da De Pro, os vermutes criados pela empresa incluem também frutas brasileiras e a linha Di Vino conta com três sabores: amora, açaí e caju, algo inédito no mundo todo.  

“São três experiências distintas no paladar. Convidamos três bartenders super famosos em São Paulo – Gabriel Santana, Leo Massone e Bruno Caldeira – para fazer as receitas que, inclusive, levam suas digitais e respectivas assinaturas nos rótulos. Eles também ganham royalties pelas vendas dos produtos, o que acaba fomentando essa categoria que é tão subvalorizada”, explica o empresário, que lançou a linha de vermutes em 2021. Ele conta, ainda, que o sabor preferido dos clientes é o de açaí, que leva a fruta pura e especiarias que formam uma explosão de sabor na boca.  

Além da De Pro, outras empresas brasileiras também estão investindo no vermute artesanal, como Famiglia Griffo e Virgulino Ferreira. Saiba mais a seguir. 

 

De Pro 

Em parceria com bartenders renomados, a empresa lançou em 2021 a linha Di Vino, composta por três vermutes, cada um aromatizado com uma fruta brasileira. O vermute de açaí, assinado por Bruno Caldeira, tem base de vinho merlot, açaí e mais nove especiarias, formando um sabor marcante. Já a versão de caju, feita por Gabriel Santana, tem base de vinho pinot grigio e caju, que resultam em produto adstringente e floral. Por fim, o de amora, criado por Leo Massone, tem base de vinho cabernet e amoras brasileiras que dão um tom floral e refrescante.  

 

 

+infos: deprobar.com.br 

 

 

Famiglia Griffo   

A empresa produz no interior de São Paulo um vermute estilo espanhol e 100% artesanal, denominado Aureah. Composto por vinho branco de uvas moscatel e maceração de 20 botânicos em base alcoólica por um período de 60 dias, não utiliza corantes nem conservantes e tem teor alcoólico de 16%. Disponível nas versões Rossa, com notas florais, cítricas e amadeiradas e after-taste de baunilha e chocolate amargo, e Rose, com infusão de frutas vermelhas frescas.  

 

+infos: aureahvermute.com.br 

 

Virgulino Ferreira 

Inspirado em Lampião, o rei do cangaço, o vermute tinto VF foi criado pela consultora de bebidas Isadora Bello Fornari e o cachacier Mauricio Maia e lançado em 2018. A bebida seca, herbal e refrescante também é fortificada com cachaça e composta por uma mistura de fermentado de jabuticaba e 11 ervas, botânicos e madeiras. O paladar surpreendente é construído por camadas de notas florais, secas, amadeiradas, cítricas e adocicadas.  

 

 

+infos: @vfvermute