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19 de março de 2021

Viajar ao passado é possível: você só precisa escolher o destino certo.

Uma aula de História a céu aberto. Assim é uma viagem ao Cáucaso, com uma cultura super preservada, muitas torres, belos vinhos e muito ainda a ser descoberto pelos viajantes que  gostam de destinos fora do tradicional

POR Carolina Alves e Guga Campos, do Cáucaso 9 MIN

 

Bastou olhar um mapa e saber um pouco de história para entender que o destino escolhido para nossas férias seria uma profusão de culturas e experiências. O Cáucaso, região que divide a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, cujo nome vem da cadeia de montanhas que ocupa boa parte desta área e que serve de fronteira natural entre Georgia e Rússia, é a junção de influências de mundos antagônicos concentradas em um espaço bastante pequeno. Sob a pressão implacável de seus vizinhos Turquia e Rússia, a Geórgia carrega as consequências inevitáveis de ter sido uma das repúblicas da antiga URSS. Por conta de sua localização, em diversos momentos o Cáucaso faz você se sentir na Europa e, em outros tantos, na Ásia – daí o termo tão precisamente criado: Eurásia.

Ver de perto a cultura caucasiana, tão específica, foi sem dúvida a resposta que precisávamos para ter certeza de que havíamos escolhido o destino certo para viver uma experiência única e profunda. Apesar da presença forte e decisiva do cristianismo ortodoxo (o cristianismo foi adotado lá mesmo antes de Roma), não só de religião vivem as tradições georgianas. Os locais foram também precursores na criação do vinho (produzidos nos tradicionais Kvevris, presentes em dez de cada dez paradas da viagem), título este que é contestado pela vizinha Armênia, o que rendeu diferentes histórias e discussões por onde passamos.

 

Apesar de sua área não chegar a 70 mil km², a Geórgia tem uma grande variedade de climas e paisagens, sendo a região do Svaneti, no alto das cordilheiras do Cáucaso, seu cenário mais impressionante e grandioso. Cientes disso, a inclusão do destino em nosso roteiro foi a cereja do bolo de uma viagem que teve início na capital do país, Tiblisi. Localizado no noroeste da Geórgia, o Svaneti possui montanhas que passam dos cinco mil metros de altitude – o monte Elbros, o maior deles e de toda a Europa, possui 5.642m – e a viagem (fizemos todo o roteiro de carro) inclui cânions, cachoeiras, florestas e muitas montanhas. Em função do isolamento geográfico, os svan (população local) possuem dialeto próprio e mantêm muitos dos costumes e rituais da Idade Média europeia. Uma visita à região é uma volta ao passado, que sobreviveu até mesmo à dominação soviética. Nosso destino eram as aldeias de Mestia, capital da região do Svaneti, e a remota Ushguli – esta considerada pelos georgianos a cidade continuamente habitada mais alta da Europa e declarada em 1996 Patrimônio Mundial da Unesco.

 

Mestia, apesar de pequena, é de longe a vila mais desenvolvida da região e onde concentram-se os hotéis que servem de base para os turistas que a cada ano aparecem em maior número – especialmente os russos –, não só para conhecer o Cáucaso, mas para esquiar e praticar snowboard, já que a neve permanece lá durante todo o ano. Em Mestia também está o imperdível Museu de História e Etnografia, parada obrigatória para ver as relíquias guardadas por 1.500 anos a sete chaves pelos monges georgianos. Para nós, o vilarejo serviu como base para desbravarmos também outras aldeias que não são turísticas e que por isso mesmo despertaram nosso interesse, como Cholashi e Artskheli. Totalmente originais e rústicas em todo o rigor da palavra, seus moradores olhavam para nós como quem pensa “o que esses brasileiros vieram ver aqui?”

O Svaneti é mundialmente conhecido por suas torres de pedra que no passado eram utilizadas pelos svan para proteção, como verdadeiras fortalezas particulares, e ainda hoje abrigam famílias que resistem à modernidade e enxergam em sua permanência nas vilas a manutenção das tradições. As torres, até hoje espalhadas por todo o Cáucaso, formavam uma rede de defesa em caso de emergência, onde os habitantes da Idade Média podiam se abrigar, estocar mantimentos e as mais importantes obras e relíquias georgianas.

Por ser a capital do Svaneti, as 175 torres de pedra de Mestia são as mais preservadas e onde conseguimos entender como famílias inteiras viviam em um mesmo espaço (aliás, até hoje por toda a Geórgia é muito comum quatro gerações de uma mesma família morarem juntas). Cada clã possuía uma torre (como um pequeno edifício mesmo) e, em meses de frio extremo, todas as gerações de svans dormiam na base de sua torre em espécies de beliches nos quais, na parte inferior, eram colocados animais como vacas, porcos e cavalos. Esta era a forma que encontravam para se manterem aquecidos. O bom e velho calor “humano”.

Nossa viagem aconteceu no outono. Não queiram saber o frio que encontramos! Além de muita neve e lama (com direito a derrapar o carro e quase cair do alto de uma montanha), o turismo na região vem crescendo consideravelmente, o que somado ao frio, que no inverno chega a -30oC, faz com que a rede elétrica não seja suficiente e, em certos momentos, tenhamos ficado sem energia e aquecimento. Pensem em algo como o inverno russo, porém sem a estrutura necessária. Fácil entender o porque escutamos tantas vezes ao longo da viagem que a vida lá é difícil. Tanta neve, atrelada a inúmeras construções de pedra, conferiu à viagem uma pitada a mais de bucolismo e melancolia, que em muitos momentos foram aquecidos com a Chacha, tradicional e fortíssima bebida destilada do país.

Saindo de Mestia, a bordo de um bom 4×4, fizemos o day trip mais aguardado da viagem. Após duas horas e meia de estrada sob forte neve, chegamos à Ushguli, ponto mais remoto do Cáucaso. Já não neva mais, mas o frio é enorme. De longe já percebemos tratar-se na verdade de três vilas muito próximas e que todas possuem as famosas torres de pedra. Também percebemos que, infelizmente, estão menos conservadas que as de Mestia, mais rústicas e que o vilarejo não possui casas modernas por perto. Como resultado, fotos muito mais bonitas, interessantes e autênticas de uma Europa que jamais poderíamos achar que ainda existia. Há pedra, há muita história e muito mais originalidade no que se vê.

Lá encontramos um número muito menor de casas abandonadas. Isto se deve ao fato de que Ushguli recebe muitos trekkers (alemães, russos, poloneses…) durante o verão e na primavera. Também por isso a aldeia possui alguns guesthouses (nem se atreva) e cafés. Ao pensar em desbravar o Svaneti é fundamental, porém, ter em mente que estamos falando de vilas medievais, absurdamente remotas e muito simples. Em qualquer ida ao banheiro, por exemplo, você tem boas chances de encontrar uma casinha no meio da neve com um buraco no chão. E só. É um turismo rústico. Estamos a 2.400m, numa ex-república soviética, onde tudo vem de fora e levar qualquer suprimento até lá demanda muito dinheiro para os padrões locais.

 

Fomos até o ponto mais alto da aldeia, no fim da terceira vila onde, ao fundo, há um pequeno monte com uma igreja, monges e (advinhe?) uma torre. O sol pensa em sair e a visão lá de cima é incrível. Ótimas fotos, inclusive de um caminhão militar soviético verde oliva abandonado no meio da neve. A visão no horizonte é totalmente branca e nada mais até o fim do vale, cerca de 1km à frente. Ali acaba o Svaneti e nossa aventura. É uma volta no tempo que talvez jamais tivéssemos sentido com tanta intensidade, pois não é como um museu… ou melhor é, mas um museu vivo, real e inesquecível.

Dicas quentes

Quando ir

Dois voos são necessários para chegar ao destino. O primeiro saindo do Brasil e chegando na Europa, como por exemplo com a Turkish Airlines via Istambul, na Turquia. Em seguida, um voo para Tbilisi, a capital da Geórgia.

 

DOCUMENTOS

Para entrar na Geórgia basta apresentar passaporte válido pelo período da viagem. Para fins turísticos, brasileiros não precisam de visto para visitar o país por até 90 dias.

 

IDIOMA E MOEDA

A língua local é o georgiano. E a moeda oficial é o lari (GEL). Fique tranquilo, pois é fácil trocar Euro e Dólar nas casas de câmbio de Tbilisi, a capital.

 

O QUE FAZER

Aproveitar a região de Svaneti com suas paisagens naturais impressionantes com montanhas, cânions, cachoeiras e florestas. Visitar as aldeias de Mestia, capital da região do Svaneti, também é imperdível. A pequena vila conta com o interessante Museu de História e Etnografia, bem como com as antigas torres de pedra. Vale também visitar aldeias menores, como Cholashi e Artskheli. E a remota Ushguli, considerada pelos georgianos a cidade continuamente habitada mais alta da Europa e declarada em 1996 Patrimônio Mundial da Unesco.

Tags DESTAQUEHOME Ásia Ocidental destino Roma Geórgia torres de pedra day trip
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