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8 de dezembro de 2020

tt

Realizado desde 1907, em um circuito pelas ruas e estradas da pequena ilha britânica de Man, o Tourist Trophy é uma das mais antigas corridas de moto do mundo. Há mais de um século, centenas de pilotos se arriscam nos 60 km do circuito da montanha a uma velocidade média que supera os 200 km/h; conheça

POR Arthur Caldeira MIN

As imagens dos pilotos acelerando a mais de 200 km/h pelas estreitas estradas da Ilha de Man, cercadas de penhascos; com sarjetas e guias, em vez das zebras das pistas de corrida; casas e pubs no lugar de arquibancadas, parecem até mesmo cenas de videogame e geram um misto de admiração e medo em quem as assiste.

Mas provocam uma injeção de adrenalina naqueles que há mais de 110 anos se arriscam pelo circuito montado nas ruas e estradas dessa pequena ilha britânica para disputar a corrida de motos mais antiga e desafiadora do planeta: o Tourist Trophy, ou simplesmente TT, da Ilha de Man.

O Troféu Turístico, realizado pela primeira vez em 28 de maio de 1907, surgiu como uma competição disputada nas ruas para motos de série da época. Sua longevidade transformou a ilha, localizada entre Irlanda e Inglaterra, na capital mundial das corridas de rua.

Disputado atualmente no chamado Circuito da Montanha com 60, 73 km de distância, o TT da Ilha de Man está longe de oferecer áreas de escape e a segurança de um autódromo. Mas esse ingrediente é justamente um dos atrativos que reúne centenas de pilotos e milhares de fãs há mais de um século. O desejo de acelerar uma moto superesportiva como em um videogame, ou como em um sonho infantil.

A corrida, um dos principais eventos anuais da Ilha de Man, só não aconteceu em quatro oportunidades: durante dois anos da Segunda Guerra Mundial e, também, em 2001, devido a um surto de febre aftosa. Neste estranho ano de 2020, devido à pandemia, o TT também foi cancelado.

Outro fator que torna o TT tão fascinante é a longa distância percorrida pelos pilotos. A categoria Superbike — para motos de 1.000 cc — dá seis voltas no circuito da Montanha, como é chamado, totalizando pouco mais de 364 km.

Isso sem falar nas ondulações da pista, em suas mais de 250 curvas e nas longas retas, algumas com até 6 km de extensão e onde as motos superam os 300 km/h. Aliás, decorar as curvas e “pegadinhas” do circuito é um dos maiores desafios dos pilotos nessa velocidade, conta Rafael Paschoalin, único brasileiro a ter disputado a prova em três oportunidades.

Para se ter uma ideia do quão “insana” é essa corrida de rua, o campeão de 2019, o inglês Peter Hickman, completou uma volta com o tempo recorde de 16min42seg778’’. Sua incrível velocidade média foi de 217,98 km/h. Sim, de média horária.

Outra marca registrada da prova são os saltos das motos superesportivas que, muitas vezes, derrubam os pilotos. Portanto, vencer o TT da Ilha de Man não significa apenas levar para casa o mesmo troféu entregue há cem anos com a imagem do deus Mercúrio sobre uma roda alada. Quer dizer também que o vencedor é um dos mais corajosos e habilidosos pilotos de moto do mundo.

História

Curiosamente, o Tourist Trophy começou na Ilha de Man em função de uma decisão do Parlamento Britânico de proibir as provas de ruas, de carros ou motos, na Inglaterra, no início do século 20. A proibição levou o Automóvel Clube Britânico a pedir o apoio do governo de Man para realizar provas na ilha. Nascia então a relação dessa porção de terra cercada de água com a motovelocidade.

Em 1907, o editor da revista Motor-Cycle idealizou um percurso de 25 km para motos divididas em duas categorias: mono e bicilíndricas. Então, em 28 de maio de 1907, foi dada a largada para o primeiro Tourist Trophy da Ilha de Man. Em 1911, o circuito passou a ser praticamente o mesmo utilizado até hoje, já com mais de 37 milhas, ou seja, mais de 60 km.

Com a evolução das motos, a prova foi se profissionalizando e atraindo cada vez mais os melhores pilotos do mundo. Passou a abrigar também corridas com sidecars e, em 1949, ganhou o status de etapa do Campeonato Mundial de Motovelocidade. Nas décadas seguintes, atravessou sua época dourada, com o crescimento da indústria mundial de motocicletas.

O TT da Ilha de Man de 1959 testemunhou a primeira entrada de uma equipe japonesa no Mundial de Motovelocidade. A Honda inscreveu quatro motos de 125 cc, comandadas por Kiyoshi Kawashima, que tinha total confiança e apoio de Soichiro Honda, fundador da empresa. Nesse primeiro desafio, as motos da Honda chegaram em 6º, 7º, 8º e 11º na classe de 125 cc, e faturaram o Título de Equipe de Fabricantes. Na época, o sucesso foi realmente notável, levando a Honda a competir na série completa do Mundial no ano seguinte.

Mas foi só em 1961, no terceiro ano de participações no TT, que a Honda finalmente conseguiu levantar o troféu de vencedor na Ilha de Man graças ao incrível desempenho do inglês Mike Hailwood, carinhosamente apelidado de Mike “the Bike”, ou Mike “a moto”, por sua extrema habilidade. Hailwood conquistou a vitória nas corridas de 125 cc e 250 cc.

Naquele ano, na verdade, a fábrica japonesa conquistou os cinco primeiros lugares no TT nas categorias de 125 cc e 250 cc, esta última trazendo uma satisfação particular para Soichiro.

Aqui vale destacar uma curiosidade sobre a equipe Honda Racing nas pistas mundo afora. A primeira corrida fora do Japão de uma motocicleta Honda aconteceu no Brasil, no Grande Prêmio IV Centenário, disputado em 1954 no antigo Autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo.

A experiência, frustrante do ponto de vista do resultado, estimulou a empresa de pouco mais de cinco anos de existência a aprimorar suas motos e investir em tecnologia. O resultado desse empenho se viu em 1959, na estreia no Tourist Trophy da Ilha de Man.

Perigosa demais

Entretanto, a evolução das normas de segurança e os constantes acidentes, inclusive com vítimas fatais, fizeram com que a Ilha de Man deixasse de abrigar um GP do Mundial em 1976. A partir daí, acreditava-se que o TT entraria em declínio.

Afinal, os pilotos do Mundial boicotavam a prova e assinavam contratos que os proibiam de participar da arriscada corrida na ilha britânica. Mas, pelo contrário, a aura de perigo e desafio que rondava a ilha só fez crescer a mítica em torno da prova.

Inúmeros pilotos fizeram história no famoso Circuito da Montanha. Nomes como Giacomo Agostini, Phil Read, Mike Hailwood e o maior deles, Joey Dunlop. O irlandês é até hoje o maior vencedor da prova, com 26 vitórias.

Dunlop ganhou o apelido de “King of the Road”, rei das estradas, por se especializar em corridas de rua. Acabou morrendo tragicamente em um acidente enquanto competia em uma delas, na Estônia, em 2000.

Depois dele, vem o inglês John McGuinness, de 48 anos, que já coleciona 23 vitórias ­­— algumas delas na recém-criada categoria para motos elétricas. E McGuiness ainda quer mais: mesmo beirando o meio século de vida, o piloto inglês iria participar do TT 2020 e, tudo indica, deve competir no ano que vem. Mike Hailwood é o terceiro maior vencedor com 14 conquistas.

Além da corrida

As disputas são divididas em cinco categorias: Superbike Senior, Superstock, Sidecar, Supersport e Lightweight. Por quase uma década, entre 2010 e 2019, também aconteceu uma corrida de motos elétricas, chamada de TT Zero, que foi suspensa no ano passado e não deve acontecer em 2021.

Além das diferenças de cilindrada e potência das motos, as categorias se diferenciam pelo número de voltas e levam em conta a experiência dos pilotos no circuito de rua da Ilha de Man. Um novato, por exemplo, não pode disputar a principal categoria, Superbike, voltada a motos de 1.000 cc com mais de 200 cv de potência.

E mesmo quem já participou do TT só pode largar após completar um número determinado de voltas, nos dias de treino, para se familiarizar com o traiçoeiro percurso recheado de trechos estreitos, pontes, postes e muros. Porém, o evento vai muito além das corridas.

O lendário TT e os eventos paralelos atraem anualmente milhares de motociclistas e fãs de corridas. A ilha é, literalmente, invadida. Como a hospedagem é limitada, os fãs costumam acampar em torno da pista para acompanhar a prova. As vagas na rede hoteleira costumam se esgotar com meses de antecedência.

A prova transforma a Ilha de Man na capital mundial da das corridas de rua. A festa da velocidade foi cancelada neste ano, mas já tem data prevista para o ano que vem. A agenda provisória do TT 2021 começa em 30 de maio, com as voltas de reconhecimento, e se estende por mais duas semanas, com os treinos classificatórios, e termina em 11 de junho do próximo ano. Os ingressos, porém, ainda não estão à venda.

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