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25 de outubro de 2020

Profissão: Nathalia Arcuri

Ex-apresentadora e repórter na TV, ela aprendeu a investir sozinha muito antes de fundar a maior plataforma de entretenimento financeiro do mundo. Entenda qual foi o salto “duplo twist carpado” dessa corajosa jornalista-empreendedora que faturou R$ 22 milhões em 2019 e tem como meta mais R$ 60 milhões até o final deste ano... (Me Poupe, Nath!)

POR Melissa Lenz - Fotos: Divulgação 9 MIN

“Foi um duplo twist carpado da coragem”, diz Nathalia Arcuri, 35, jornalista e especialista em planejamento financeiro pelo Insper, que largou a carreira de apresentadora e repórter na TV Record para se dedicar a um projeto pessoal: democratizar a informação sobre produtos financeiros. “Fiquei por um tempo trabalhando oito horas na emissora e três horas em casa para o meu canal. Me planejei e decidi seguir como produtora de conteúdo 5 anos atrás. Aos poucos fui contratando os primeiros funcionários e aprendendo a fazer a gestão do time. Não foi fácil, não é fácil, mas me encho de orgulho quando vejo o caminho até aqui”, diz ela à TOP.

Paulista de Mogi das Cruzes, hoje Nath se firma como CEO e diretora de conteúdo da Me Poupe!, maior plataforma de entretenimento financeiro do mundo que, de 2015 para cá, conquistou mais de cinco milhões de inscritos no Youtube, 19 mil alunos no curso Jornada da Desfudência e mais de 15 milhões de pessoas impactadas a cada mês. “Meu propósito é levar a independência financeira ao maior número de pessoas possível”, diz.

Atualmente com um time de 40 colaboradores, sua startup de educação é uma das 100 marcas mais lembradas durante a pandemia e faturou R$ 22 milhões só em 2019 – mesmo ano em que Nathalia foi considerada a pessoa mais influente do Youtube, de acordo com pesquisa da IPSOS. “Hoje minha hora não tem preço. Já não preciso trabalhar há dois anos. Dinheiro não compra o meu tempo”, ela revela à TOP.

Veja a entrevista exclusiva:

De jornalista a CEO de startup de educação: que salto foi esse, Nathalia?

Foi um duplo twist carpado da coragem! Brincadeiras à parte, eu sempre gostei de desafios. Fiz jornalismo pensando em criar uma assessoria de imprensa focada em medicina para traduzir o que os médicos queriam informar ao grande público. Já na faculdade descobri que era apaixonada pela agilidade da TV e do rádio e me coloquei a meta de ser apresentadora e repórter de TV. Sempre fui muito disciplinada e busquei caminhos para transformar aquele objetivo em realidade. Foram 3 anos entre estágio, produção, edição, redação até me oferecerem uma oportunidade como apresentadora no SBT. Eu, que sonhava em ser correspondente de guerra, na época, fui chamada para fazer um quadro de celebridades na bancada do jornal da manhã. Lembro que chorei muito de frustração naquele dia, mas enxuguei as lágrimas e agarrei a oportunidade. Não tinha aumento de salário, muito pelo contrário, só aumento de trabalho, mas era exatamente o que eu queria. Três anos depois eu já estava apresentando quadros pontuais em dois programas da mesma emissora. Trabalhava das 9:00 às 13:00 em um programa e das 17:00 às 01:00 em outro. Foi cansativo, mas eu estava super feliz. Em 2008 recebi um convite da TV Record pra ser apresentadora e repórter do programa Hoje em Dia, onde fiquei até pedir demissão pra me dedicar ao meu projeto de entretenimento financeiro, o Me Poupe! Fui repórter e apresentadora, mas nunca apresentei nada sobre economia na TV, no começo cuidava do dinheiro para mim e ajudava algumas amigas que se interessavam. Comecei a perceber que essas informações precisavam chegar nas pessoas e com uma linguagem mais simples, porque tudo era muito complexo ainda. Tive a ideia de um reality show de finanças na TV. Tentei emplacar na emissora que eu trabalhava na época e a resposta que eu tive foi “que era tão bom que o apresentador principal ia fazer”, mas acabou não virando. Um pouco depois fui cobrir uma matéria que falava sobre violência doméstica e mostrava que 70% das mulheres que se mantinham em um relacionamento abusivo dependiam financeiramente do agressor, foi quando eu soube que precisava começar a transmitir esse conteúdo e criei o canal no Youtube. Se eu ajudasse pelo menos uma pessoa, eu estaria feliz. Hoje sou CEO da Me Poupe!, uma empresa com 40 colaboradores e muito propósito de levar a independência financeira ao maior número de pessoas possível.

 

O que é e como funciona sua startup de educação?

Somos a maior plataforma de entretenimento financeiro do mundo e temos como propósito ensinar para libertar. Acreditamos que a educação, não só financeira, mas como um todo é capaz de trazer liberdade e independência para as pessoas. Nós disponibilizamos conteúdo sobre educação financeira e investimentos de forma gratuita nas nossas redes sociais, no blog, no Youtube e no podcast Poupecast. Também contamos com um programa de rádio e já temos mais de 19 mil alunos no curso Jornada da Desfudência, que está em sua quinta edição.

O quanto a empresa cresceu nos últimos anos? O que mudou?

Em faturamento falamos de uma expectativa de crescimento de quase 20.000% de 2017 para 2020. O time de Me Pouplayes – quem trabalha na Me Poupe! – já está chegando em 40 pessoas, das quais 19 foram contratadas entre junho e julho de 2020, no meio da pandemia. No começo era eu, a Margarete (a minha colher de pau e primeira funcionária da Me Poupe! que me ajudava a fazer o foco na câmera) e uma câmera de segunda mão, gerando conteúdo para o Youtube e escrevendo no blog. Hoje estamos na redes sociais, no blog, no Youtube, tem livro com mais de 400 mil exemplares vendidos [Me Poupe!: 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso (Sextante)], programa de rádio [Me Poupe 89!, todas as segunda-feiras, às 9hs da manhã, na Rádio Rock], já teve reality show na TV aberta [Me Poupe! (TV Band)] e no Youtube [Me Poupe! – O Reality]. Tem série no Youtube Originals [Mulheres que Mudam o Mundo], tenho 19 mil alunos no meu curso Jornada da Desfudência e impactamos mais de 15 milhões de pessoas todos os meses.

De que maneira a pandemia refletiu no seu business?

A crise fez a gente se reinventar em termos de conteúdo e estrutura física. Todos estão em home office, e precisamos redesenhar alguns projetos, mas financeiramente falando a empresa segue estruturada. Logo que a pandemia começou, fiz uma reunião com a equipe toda para deixar todos tranquilos, porque temos um bom caixa, tanto que contratamos mais 19 pessoas mesmo na quarentena. Além disso, criamos uma plataforma, o SOS Me Poupe!, para dar auxílio aos pequenos e microempreendedores, profissionais autônomos e desempregados. Funciona como uma vitrine virtual gratuita em que as pessoas podem cadastrar suas empresas e oferecer produtos e serviços, mas também oferece conteúdos exclusivos e informações sobre ações do governo voltadas para esses profissionais por exemplo. Já são mais de 27 mil empresas cadastradas e temos planos audaciosos para o futuro de SOS.

Como está a sua rotina de trabalho durante a pandemia?

Agora estamos entrando nos eixos, mas foi um dos períodos mais alucinantes desde que eu criei o Me Poupe! Nossa responsabilidade triplicou durante a pandemia devido ao alto índice de desemprego e de empresas quebrando. Antes da pandemia eu estava conseguindo manter uma rotina das 10:00 às 20:00. Agora não dá mais. Começo às 8:30 e vou até às 21:00, voltei a trabalhar nos finais de semana… O mundo é outro, as necessidades mudaram e eu precisei me adaptar.

O que você aprendeu como empresária nesses anos?

Aprendi que não importa o quanto você sabe, você sempre precisa estar disposta a aprender, errar e seguir a sua missão com ética e propósito.

Quanto vale a sua hora hoje?

Hoje minha hora não tem preço. Já não preciso trabalhar há dois anos. Dinheiro não compra o meu tempo.

Qual a diferença entre ser chefe e ser líder?

Eu achava que ser líder era mandar nos outros e por isso levei muito tempo para liderar a minha equipe. Eu não queria me parecer com aqueles “líderes” que eu abominava. Até que eu descobri que isso é ser chefe e chefes estão com os dias contados. O líder leva a equipe ao crescimento junto com ele, se preocupa e cuida do time. O chefe só pensa nos ganhos próprios e não sabe fazer gestão de pessoas. Eu sou uma líder em treinamento, quero ser a melhor líder possível para o meu time.

Você sempre foi autodidata em finanças. Chegou um momento em que foi buscar as credenciais de finanças [se especializou em Planejamento Financeiro pelo Insper]. O que mudou com isso na prática?

Todo conhecimento adquirido, seja ele formal ou não traz bons insights e nos fortalece intelectualmente. Aprendi muito enquanto estava disputando o prêmio brasileiro de planejamento financeiro pessoal, em 2014. O troféu foi uma grande conquista e me mostrou que eu estava no caminho certo.

E com a experiência de empresária, ficou muito mais complexo? Quais os grandes aprendizados nesse quesito?

Tem um vídeo no canal em que eu explico que empreendedores em geral são apaixonados por Nabos. Você não leu errado. Quanto maior é o problema que você resolve, maior será o problema que virá na sequência. Para pessoas que não gostam de marasmo, como eu, é um verdadeiro oásis.

Do que você ganha, quanto % gasta e quanto % investe?

Hoje todo o dinheiro que eu recebo como CEO vai para projetos pessoais e para garantir o meu conforto e da minha família. Já o lucro da empresa, fica 100% na empresa para que ela possa crescer e impactar cada vez mais pessoas e gerar mais empregos.

Estamos mais educados financeiramente? Por onde uma criança deve começar? E um adulto endividado?

O Brasil não tem uma estrutura de educação financeira nas escolas, ou mesmo a cultura de falar sobre isso em casa, mas eu e meu time estamos lutando (e conseguindo) mudar essa realidade. Uma criança pode começar recebendo semanada (que tem o mesmo conceito de mesada, mas é por semana) e pode ser o valor que os pais puderem e couber no orçamento, toda vez que o dinheiro for dado para a criança é importante explicar que aquele montante é para que ela compre o que ela quer e que se não for suficiente, ela precisa ser paciente até ter o valor que precisa. Um adulto endividado precisa pegar todos os extratos de banco, faturas de cartões de crédito e demais dívidas para enxergar o valor real da dívida com juros, tudo certinho. Depois disso, negociar todas as dívidas que forem possíveis e ver o quanto ele ou ela precisa fazer para conseguir pagar as contas atrasadas, as contas atuais e investir. Provavelmente o caminho seja buscar uma renda extra, por exemplo.

Alguns educadores financeiros dizem que uma boa reserva de emergência é duas vezes o seu salário, outros dizem que é três, seis… Aí, de repente, vem uma pandemia e leva tudo… O que você recomenda como uma boa reserva de emergência?

Eu sempre recomendo que as pessoas tenham pelo menos o equivalente a 6 meses do custo de vida, que não necessariamente é a mesma coisa que o salário. Mas não precisa ficar preso a esse número, é um mínimo. Eu mesma quando deixei de ser repórter para seguir com a Me Poupe! tinha 1 ano e meio de reserva porque sabia que seria um período de muitas restrições.

O que você esperava do dinheiro quando trabalhava como jornalista?

Eu sempre fiz o meu dinheiro trabalhar para mim, era o que eu esperava e espero até hoje.

Acredito que independentemente do seu ofício, o dinheiro precisa ser visto como um meio para alcançar conforto, segurança, liberdade, diversão, confiança, etc… O dinheiro é um meio, uma ferramenta. Quem sabe usar, sempre tem.

E hoje, quais são suas metas, metinhas e metonas?

Não tenho mais metas pessoais com o dinheiro. Todas as minhas metas são focadas ao projeto social que comecei em 2015. Quero reduzir inadimplência, libertar mulheres vítimas de abuso através da educação financeira e colaborar com a construção de um país menos desigual. Percebi que com uma empresa rica e um time capaz, somos capazes de chegar lá.

Qual o engano mais recorrente entre os investidores?

O maior erro que vejo desde sempre é achar que existe resposta pronta. É um hábito terrível que todo ser humano tem de acreditar que pra tudo existe uma solução simples, rápida e indolor. Investir demora, dá trabalho e exige esforço, mas o resultado pra quem entende essa lógica sempre vem. É isso que eu ensino meus alunos a fazerem.

Quais os seus sonhos selvagens hoje?

Desfuder o Brasil.

No seu livro você fala de dois grandes NÃOs que serviram de alavanca para correr atrás do que você queria. Teve algum outro depois?

Todo tombo que eu levo é um impulso que eu ganho de presente. Eu sou uma devoradora de problemas. Quando não tem nenhum fico até chateada.

O que você acrescentaria no seu livro hoje?

Ele vai ter algumas novidades em breve, mas não posso dar spoilers ainda haha.

Quais as metas e novidades para esse ano?

A pandemia impactou muito nossas vidas, mas estamos à todo vapor na Me Poupe! para garantir o melhor conteúdo para nossos seguidores e a melhor infraestrutura para nossos colaboradores. Temos uma expectativa de faturar 60 milhões de reais, contra os 22 milhões que faturamos em 2019. Também temos meta de aumentar ainda mais a equipe até o final do ano, chegando a pelo menos 50 colaboradores. Temos novos cursos sendo planejados, novidades sobre meu livro e projetos que ainda não posso dar spoiler, mas acompanha no canal que vai ser lindo.

Qual a força T (que você fala no livro) que te move?

Trazer conhecimento à luz e dar às pessoas a possibilidade de escolherem o próprio destino. Infelizmente no Brasil a maioria das pessoas não têm escolha.

Nath em três palavras?

Sempre pode melhorar.

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